segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Tema de hoje: Vampiros (PARTE 3)

Eu Era Um Vampiro Adolescente:

Anos 80. Foram-se os hippies. Foi-se a disco muisc.Foram-se os hormônios à flor da pele dos vampiros da Hammer. O mundo se renova. O cinema entra na era dos efeitos especiais e dos blockbusters. Chegou a hora do cinema romper com o personagem de Bram Stocker e criar novos vampiros. Esqueça o passado e o romantismo. Os vampiros vivem no presente. Em vez de castelos. Podem ser seu vizinho. Em vez de música classica, a trilha sonora agora é rock and roll. Os vampiros são jovens e bem-humorados.
Três filmes são emblemáticos desta fase, que alguns chamam de terrir: "A Hora do Espanto" (Fright Night, 1985), "Garotos Perdidos" (Lost Boys, 1987) e "Deu a Louca nos Monstros" (Monster Squad, 1987).

Vampiros em Crise:

Ainda em década de 80 surge um novo tipo de personagem no cinema: o vampiro atormentado. É o vampiro reflexo do homem moderno: inacabado, repleto de dúvidas e muitas vezes deprimido. Um dos primeiros exemplares desta nova categoria aparece numa produção de 1987, dirigida por uma mulher a cineasta californiana Kathryn Bigelow. Em sintese, "Quando Chega a Escuridão" é uma road movie que narra a história de amor dramática entre uma vampira e um rapaz do interior. Outro bom exemplo de vampiros depressivos é a ótima adaptação do romance de Anne Rice, "Entrevista Com Vampiro" (Interview With a Vampire, 1994). Em tom introspectivo e melancólico, o vampiro Louis (interpretado pelo Brad Pitt) conta para um jornalista todas as suas desventuras, desde que foi mordido, 200 anos antes.
Uma produção recente que merece destaque é o sutil "Deixe Ela Entrar" (Lat Den Rätte Komma In, 2008). Esta excelente produção sueca conta o drama da delicada amizade entre dois adolescentes: Oskar, um garoto solitário e esquisito que é frequentamente humilhado na escola; e Eli, uma vampira que vive os seus eternos 12 anos de idade.

Os Clássicos:

Com "Drácula de Bram Stocker" (1992), o cineasra Francis Ford Coppola presta uma grande homenagem ao personagem, rodando um filme cujo roteiro tenta ser fiel ao livro, e o visual (cenário,efeitos e cores) se assemelha ao das produções antigas. Seguindo esta mesma perspectiva, é lançado dois anos depois "Frankenstein, de Mary Shelley", dirigido pelo britânico Kenneth Branagh (1994).
Em 2000 é vez de Nosferatu ser homenageado com "A Sombra do Vampiro". Misturando personagens reais e ficção, o filme mostra o set de filmagens da produção de 1922 sendo aterrorizado por um vampiro de verdade. A criatura seria o próprio o ator Maz Schreck, interpretado brilhantemente por Willians Dafoe.



Continua...

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