terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Tema de hoje: Vampiros (PARTE 4)

Armados:

Na virada do milênio amaram os vampiros. Seja com automáticas ou com espadas de samurai, como o caso de "Blade - O Caçador de Vampiros" (1998). Wesley Snipes interpreta uma espécie de guerreiro que caça outros de sua espécie num mundo dominado por criaturas da noite. A fórmula de realizar um de ação onde os personagens centrais são vampiros é repetida na trilogia iniciada com "Anjos da Noite" (2003), que mostra uma guerra secular entre lobisomens e vampiros, que além de seus dons sobrenaturais usam tipo de armamento.

Vampiro para as meninas:

Eis que surge o recem fenômeno nesta área: a série literária Crepúsculo, criada pela escritora americana Stephenie Meyer, cuja adaptação cinematográfica arrastou milhões de adolescentes eufóricos aos cinemas. Edward, o vampiro criador por Meyer, é o sonho de consumo de qualquer garota: bonito, bonzinho, rico e corajoso.
Mas isso não é novidade: os atores Bela Lugosi e Christopher Lee também foram considerados simbolos sexuais no auge se suas carreiras. Aliás, a ligação entre o vampirismo e a sexualidade sempre existiu, seja no cinema ou na literatura.

Vampiros Brasileiros:

Ivan Cardoso, o mestre do terrir brasileiro, deixou sua colaboração para o gênero vampiros no cinema.
Em 1987, o cineasta rodou o filme "As Sete Vampiras". No roteiro de R.F. Luchetti, a mulher de um botânico é mordida por uma planta carnívora trazida da Amazônia, tornando-se uma vampira. Tempos depois ela cria um espetáculo de horror erótico chamado As Setes Vampiras, enquanto um detetive atrapalhado investiga uma série de mortes que acontecem próximas ao local.

Outros Vampiros:

Buscando atrair o público negro, os estúdios americanos iniciaram nos anos 70 um movimento que acabou sendo chamado de blacksploitation. Nestes filmes os protagonistas eram sempre negros, os cenários eram barros afroamericanos de subúrbio, a trilha sonora abusava do funk e do soul e os violões era internacionalmente brancos, "Blácula" (1972) é um grande clássico deste gênero (assim como "Blackenstein", versão afro de "Frankenstein"). Na trama, o príncipe nigeriano Mamuwalke é almadiçoado pelo próprio Conde Drácula durante uma viagem à Trasilvânia em 1780. Quase duzentos anos depois ele acorda em plena Nova York, quando o movimento black está em ebulição. Sim, caros amigos, "Blácula" é o primeiro vampiro negro do cinema. O filme ainda gerou uma sequência em 1972, chamada "Scream Blácula Scream".
Já na década de 80 o diretor Wes Craven (de "A Hora do Pesadelo") rodou "Um Vampiro no Brooklyn" (1986), uma mal sucedida mistura de comédia, ação e terror, que parodiava o universo blacksploitation. Apesar de estrelato por Eddie Murphy, o filme foi um grande fiasco de público e de crítica.
A mais elogiada sátira ao universo de Drácula foi filmada ainda em 1967 pelo romeno Roman Polanski (de "O Bebê de Rosemary"). Em "A Dança dos Vampiros" (The Fearless Vampire Killers) o professor Abronsius, um especialista em vampiros, e seu covarde ajudante, viajam até a Transilvânia, onde esperam aprender sobre as criaturas e, se possível, combatê-las. Evitando o humor mais escrachado, Polanski presta uma brilhante homenagem aos filmes do gênero.
Uma versão poética e um tanto melancólica dos vampiros é apresentada em "Fome de Viver" (The Hunger, 1983). Catherine Deneuve e o camaleão do rock, David Bowie, interpretam o elegante casal de vampiros Miriam e John. Para manterem-se jovens e belos, eles precisam da energia e do sangue dos seres humanos. O filme esbanja sensualidade e é considerado um dos grandes clássicos do cinema gótico. A trilha sonora conta com a ambiemática canção "Bela Lugosi is Dead", da banda inglesa Bauhaus. Dois dos nomes mais celebrados do cinema atual, Quentin Tarantino (de "Kill Bill") e Robert Rodriguez (de "Sin City) se uniram em 1996 para rodar o cultuado "Um Drink no Inferno". No filme, dois bandidos (interpretados por George Cloney e o próprio Tarantino) fazem reféns um ex-pastor e seu casal de filhos. Em fuga, eles cruzam a fronteira com o México e acabam numa boate infestada de vampiros. "Um Drink no Inferno" exagera em todos os sentidos na trilha sonora caprichada, nos personagens curiosos, na ação, nos ótimos diálogos, nas vampiras strippers e no humor pra lá de negro. Um dos filmes mais divertidos dos anos 90.

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